O distrito de Mocambinho, em Jaíba, no Norte de Minas, foi palco do lançamento do Programa Fomento Rural, que visa apoiar famílias rurais vulneráveis. Serão beneficiadas 112 famílias no município, com um investimento de R$ 515,2 mil, por meio de uma parceria entre os governos federal e estadual. Cada família receberá R$ 4,6 mil para projetos de geração de renda e segurança alimentar, como hortas e criação de animais. Em 2025, o programa atenderá 800 famílias na região, com um total de R$ 3,68 milhões em recursos federais.

Conforme o secretário municipal de Agricultura Familiar de Jaíba, Fábio Ballin, por se tratar de uma região com muitos pequenos produtores, necessita desse impulso para iniciar o processo de produtividade e garantir mais sustentabilidade para as famílias mais carentes que vivem nessa região de plantio. “Dentro da necessidade de cada família, será feito um trabalho direcionado para ajudar. Pode ser também na criação de animais, como gado leiteiro ou produção de ovos. Tudo depende da facilidade e da experiência do produtor rural, que será orientado com o apoio técnico da Emater”, afirmou.

Ballin destaca que o impacto do programa vai além da produção agrícola e reflete diretamente na melhoria das condições de vida das famílias beneficiadas. “Todo programa que vem para dar apoio ou criar um processo produtivo contribui não só na parte social, mas também na parte produtiva. Ele oferece mais sustentabilidade, mais oportunidade de crescimento na agricultura e permite que as famílias tenham uma renda extra. Ajuda também na construção de um futuro próprio, melhora a vida delas de uma forma que possam viver com mais dignidade”, destacou.

A produtora rural Raquel Bispo da Oliveira, uma das beneficiárias do Programa Fomento Rural, comemora a chegada do apoio financeiro. “Nós vamos receber agora, a partir do final do mês, na conta”, afirma. O recurso será aplicado no cultivo de feijão, uma atividade tradicional em sua propriedade. “A gente planta todo ano, mas agora, com o projeto, vai ser melhor porque vai ter um recurso. O cuidado vai ser bem maior e eu creio que a produção também vai melhorar, porque a gente vai poder comprar um produto melhor para plantar”, diz satisfeita.

Raquel destaca que o programa representa um alívio para o orçamento da família, especialmente diante dos altos custos da produção agrícola. “Ajuda muito, porque a gente tem um custo muito alto. Esse dinheiro vai facilitar bastante. Antes, a gente tinha que tirar de outras necessidades para aplicar na roça. Agora, com o programa, isso muda.”

O presidente da Emater-MG, Otávio Maia, afirmou que a iniciativa promove desenvolvimento, aumento de renda e melhoria na qualidade de vida das famílias beneficiadas. O programa é voltado para famílias em situação de pobreza, inscritas no Cadastro Único, com renda mensal de até R$ 218 por pessoa. A seleção é feita a partir de uma lista enviada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS). 

Após o ree dos recursos, a Emater realiza acompanhamento técnico e produtivo, orientando as famílias na compra de insumos e na implementação dos projetos. “As famílias recebem orientações na aquisição dos insumos e na execução do projeto. O recurso é reado em duas parcelas, sendo que a liberação da segunda só ocorre após a execução da primeira etapa, mediante relatório técnico da Emater comprovando que a família está apta a continuar”, explicou Maia.

Ele ressaltou que a correta identificação do público-alvo e a assistência técnica são fundamentais para o sucesso do programa. “Um dos maiores desafios enfrentados hoje é identificar a família certa, que realmente tem o perfil, e fazer com que o programa seja uma porta de entrada para o desenvolvimento de uma atividade produtiva que possa tirá-la da situação de pobreza”, pontuou o presidente.